domingo, 24 de outubro de 2010

O casarão da Brigadeiro Luiz Antonio

Este mundo dá voltas mesmo. Vejam só o que me aconteceu. No final de 1995 me escreveu o sr. Marco Giffoni, um profundo conhecedor da história das ferrovias brasileiras. Na época ele me pedia para ajudá-lo a descobrir quem seria o homenageado no nome da extinta estação Cotrim, na região de Taubaté, uma da estações da estrada de ferro Central do Brasil. Não só não pude ajudá-lo como, passado alguns meses, foi ele que, delicadamente, me escreveu novamente para contar que tivera acesso ao nome de todos os presidentes da Central e um deles havia sido o Eng. Ernani Bittencourt Cotrim, daí a homenagem.
Recentemente julguei que tinha um dado novo sobre o Engenheiro (na verdade não tinha) e tratei de escrever para o Giffoni mas o email já não era válido. Descobri então que ele era colaborador do site www.estacoesferroviarias.com.br (aliás, bem bacana, recomendo uma visita). mantido por Ralph Giesbrecht. Escrevi para o sr. Giesbrecht que prontamente me deu o novo email do sr Giffoni. Junto com a informação, notando que eu mantinha o site da família Cotrim, veio uma consulta. Saberia eu dizer a localização exata de um casarão na capital paulista, na av. Brigadeiro Luiz Antonio, exibida numa foto de 1926?
Na foto  se lê: 
"Promovidas pelo novel e victorioso diario "São Paulo Jornal" - um dos mais brilhantes órgãos de imprensa do grande Estado do Sul, realizaram-se na Paulicéia interessantes provas automobilísticas, em benefício da Assistência aos Lazaros, na avenida Brigadeiro Luiz Antonio.
1- A residencia da família Cotrim, na avenida Brigadeiro Luiz Antonio, cedida gentilmente para servir de pavilhão central. 2 - A partida da prova de double-phaetons de turismo. 3- O conde Eduardo Matarazzo, vencedor da prova "Taça Cidade de São Paulo", na sua Bugatti. 4- A recta da chegada. 5- A senhora Dulce Barreiros, no estribo do seu Lincoln, com o qual venceu uma das provas.

E aí vem a coincidência. Minha mãe, nascida em 1925, chegou a morar no casarão. Não sei bem a quem pertenceu mas provavelmente foi a seu avô, José Cotrim ou o bisavo Leolino Xavier Cotrim. Até há algum tempo atrás ainda estava de pé. Ficava no lado direito de quem sobe a Brigadeiro, vindo da região dos bairros, à umas três quadras da Paulista, próximo à Al.Fernão Cardim. Foi demolida para a construção de mais um espigão. Fica o registro.

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